Valladolid e as ruínas maias – México

A cidade heroica de Valladolid é base para se conhecer lugares especiais no país, como a maravilha do mundo Chichén Itzá e outras ruínas incríveis, como Ek’ Balam. Ao redor da cidade, há ainda uma quantidade enorme de cenotes. Mas o cenote Zací, que fica literalmente no centro da cidade, é uma das coisas mais curiosas e encantadoras que poderá desfrutar por lá. Venha dar um mergulho nessa cidade bacana na península de Yucatán.

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Como fomos?

Viemos em agosto de 2018, saindo de Chiquilá, após passarmos alguns dias maravilhosos no paraíso de Ilha Holbox – México. Saímos de Chiquilá pela tarde (13h), pegando um pequeno coletivo que vai até Tizimín e de lá pegamos outro para Valladolid. Essa opção é barata e tem horários mais frequentes, porém vai pegando a galera pelo caminho, em vilarejos bem simplórios em meio à selva da península. Se quiser mais conforto, vá com o ônibus da ADO (um pouco mais caro) e que sai por volta das 16h15 da tarde. No nosso caso, até íamos comprar por lá, mas achamos caro e, mesmo tendo vaga, preferimos o camión mais barato. Em  2 horas estávamos já na cidade de Tizimín e pouco tempo depois em Valladolid (saem ônibus a toda hora de Tizimín para Valladolid).

Se você vier do sentido contrário (desde a Cidade do México), poderá vir de Mérida, que fica a cerca de 2 horas. E também há ônibus que saem direto de Cancún ou Playa del Carmen, mas daí você provavelmente pulará Chiquilá e o paraíso de Holbox.

Chegamos no nosso AirBNB ao fim da tarde e apenas saímos para comer em algum lugar perto (Subway), porque estávamos sem dinheiro e não queríamos conhecer muito a cidade na primeira noite, mas ainda assim vimos a bela igreja do centro e descobrimos que há pouquíssimas opções para se fazer câmbio na cidade. Há uma loja Elektra com um banco dentro que tinha a melhor cotação, mas a fila de gente pagando conta era imensa. Fora isso, havia duas lojas na praça central que faziam o câmbio e foi o que fizemos nos dias seguintes. Pesquise, pois os valores oscilam. Mas saiba que os câmbios em Playa del Carmen são muito mais vantajosos (cerca de 2 pesos por dólar).

No dia seguinte, estávamos batendo perna pela cidade, que é bem bonita e com uma agitação popular bem grande (gente pra lá e pra cá o tempo todo). Sua arquitetura conserva bastante do colonial no centro e sua praça central; à tarde tinha atrações como um jogo de bola maia com tambores, bandas e free walking tour (noturno). Pegamos o último final de semana das férias escolares mexicanas.

No primeiro dia fomos até Ek’ Balam, ruínas pouco conhecidas ainda e com algumas construções impressionantes. Aqui fica a dica de ir de táxi coletivo: são táxis que juntam quatro pessoas e racham a conta, que fica em MXN 50 (uns 10 reais) por pessoa – eles costumam sair de um pequeno terminal próximo da calle 42, mas se perguntar por lá te dirão. Fomos em um domingo, o que facilitou na hora de encontrar pessoas indo ao mesmo destino para rachar a conta. E outra dica: não acredite nos preços que os táxis individuais irão te informar – chegaram a nos pedir 400 pesos!

Quanto às ruínas, são menores em extensão que Chichén Itzá, menos visitada por legiões de turistas, mas têm seus encantos por ser mais rústicas ainda. Os preços de artesanato também são bem mais em conta. Pegamos uma chuva gostosa com raios no meio da tarde (comum no verão), mas que não atrapalhou a visita. O legal de Ek’ Balam é poder subir nas pirâmides (coisa que não pode fazer em Chichén Itzá, infelizmente); o chato é que assim como quase todos os sítios arqueológicos do México, ele também foi saqueado logo após a descoberta.

À noite, quando voltamos, fizemos o free walking tour saindo da Secretaria de Turismo (na praça central), que começa às 19h. O guia vai explicando todas as origens da cidade desde os tempos pré-hispânicos, fazendo leitura de imagem de quatro lindos quadros enormes de um pintor iucateca, que adornam o prédio da própria secretaria. Depois, vai até a catedral, uma loja de chocolate artesanal onde você pode provar diversos sabores, a calle 5 (que mais conserva o estilo colonial real) e termina pelas 21h no convento San Bernardino, onde demos sorte de ver o lindo video mapping que ocorre somente aos domingos, com 23 minutos de duração. Se estiver por Valladolid em um final de semana, faça o tour noturno no domingo! Terminamos comendo uma pizza muito boa na calle 5 que tinha gosto de pão de queijo haha! O preço era bem tranquilo (havia uma promoção no dia) e pudemos tomar água de jamaica de novo e água de pepino com menta.

No dia seguinte fomos até a ADO (terminal) para ir até Chichén Itzá, a maravilha do mundo. Pegamos o ônibus lá (Oriente), que te deixa na entrada. Para voltar, pegamos o mesmo, esperando no mesmo lugar. Atenção, pois o último passa às 16h30 e é o modo mais barato de chegar por lá de forma confortável. Leia nosso post de Chichén Itzá – México. De noite comemos no Café Profesor Pitágoras (no centro da cidade) com menu vegetariano. Há fast foods em Valladolid também, mas eles devem respeitar o estilo das casas coloniais, sem fazer merchandising com luminosos nas fachadas (apenas dentro).

No último dia em que estivemos em Valladolid, acordamos bem cedo e, a duas quadras de onde estávamos no centro da cidade, havia o cenote Zací (nome maia original da cidade). E ficamos encantado pelo fato de haver um imenso buraco no meio da cidade cercado de árvores, com um lago de água clara no meio. A entrada é barata (30 pesos) e você só vai precisar de colete se quiser (daí terá que alugar, cada um por outros 30 pesos). Chegando cedo, você pega o lugar vazio como nós e poderá nadar, saltar e ficar de boa vendo a caverna e suas iguanas. Conforme o sol vai indo a pino, a galera começa a chegar e cremos que na parte da tarde o lugar fica meio cheio. Snorkel aqui pode ser interessante para ver alguns peixes, mas fica melhor quando o sol bate na água, pois a profundidade chega a 50m.

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Carina dominando o Cenote Zací.

O que fazer em Valladolid e arredores?

  • Chichén Itzá
  • Ek’ Balam (ruínas)
  • Cenote Zací
  • Free Walking Tour (noturno) – Melhor aos domingos, com video mapping no convento
  • City Tour, museus, restaurantes no centro, lojas de chocolate artesanal e artesanatos locais
  • Cenotes e outras ruínas por perto

 

 

 

E aí, o que achou? Diz pra gente!