Puebla é uma cidade mexicana com mais de 2 milhões de habitantes, que conseguiu, em certa medida, guardar seus tesouros coloniais de uma forma acessível a todos que a visitam. Considerada uma das cidades com mais igrejas por habitantes do mundo, é vizinha da pequenina Cholula, que conta com 365 delas – ou seja, uma para cada dia do ano. Você irá se impressionar com o Barroco que por aqui passou… Veja nossa passagem por aqui e tire suas dúvidas e curiosidades sobre a capital homônima do estado de Puebla.
Chegamos a Puebla em agosto de 2018 (verão mexicano) e nos livramos pela primeira vez do forte calor (abafado) que reinava na península de Yucatán e Quintana Roo. Saímos de Mérida em um ônibus da ADO (cerca de 1000 pesos). Foram 19 horas de viagem (bem confortável) passando pelo estado de Campeche e pela fronteira de Veracruz e Puebla, onde pudemos ver o maior pico do México, o vulcão Orizaba.
Como saímos do nível do mar para 2000 m acima, pudemos ver a diferença ao encontrar um clima muito mais ameno nessa época do ano, com algumas características marcantes (sol de manhã, nebulosidade e chuva à tarde, céu aberto de noite). Mas fomos ingênuos e, ao andarmos pela cidade por um dia inteiro, nos queimamos de sol mais do que quando estávamos no litoral. Paciência!
Nossa estadia toda por aqui foi por Airbnb e foi tranquila. Estávamos perto do Plaza Dorada (shopping no Boulevard 5 de Mayo) e conseguíamos nos mover pela cidade de forma tranquila pegando ônibus (van) e Uber. Para ir a Cholula, uma carona do nosso anfitrião (que nos ofereceu) ajudou bastante por ser nosso primeiro dia na cidade.
Onde fica?
Puebla é a capital do estado de mesmo nome, a 2 horas de viagem da Cidade do México e a 30 minutos da cidade de Cholula, que fica em sua zona metropolitana. O que separa Puebla da CDMX é justamente a cordilheira neovulcânica, que abriga os vulcões mexicanos, mas mais precisamente a região do Popocatepétl e do Iztaccihuátl, ligados pela serra conhecida como Paso de Cortés.
O que ver por aqui?
Vimos o centro todo em um dia muito gostoso para caminhar. São inúmeras igrejas, catedrais, órgãos enormes, tudo folheado a ouro da época da conquista espanhola e coisas do gênero. Cada igreja é diferente da outra, mas o estilo barroco é bem marcante em quase todas.
A Biblioteca Palafoxiana é bem bonita e fica dentro do prédio da Secretaria de Cultura. Para entrar é preciso pagar um ingresso, que achamos caro (40 pesos). Vimos de fora, admiramos, tiramos foto… porque não achamos muito justo o preço cobrado. Neste prédio tem exposições, dentre elas algumas gratuitas.
O planetário de Puebla é um lugar bem bonito e divertido. Nem tínhamos plano de ir, mas ao irmos ao teleférico (você vê uma cidade toda plana de cima), nos animamos e fomos conferir. A parte cinematográfica é interessante, mas gostamos mais do interior do planetário, com alguns experimentos, posters lindos etc. O preço é mais justo que o da pequena biblioteca bonita (70 pesos). Nas cercanias do planetário há um centro de exposições e convenções e um parque bem bonito que ocupa a área debaixo do teleférico.
Por falar em teleférico, esta é uma visita que vale a pena! Além da paisagem ser cativante, o operador da cabine fica responsável por explicar os pontos da cidade e tirar qualquer dúvida que você possa ter. O preço só da ida é 30 pesos; ida e volta, 50.
Quem vai pra Puebla, geralmente vai para Cholula e nosso post sobre ajudará vocês a conhecer e a chegar lá também.
No centro, você vai encontrar feirinhas, artistas pintando (no bairro dos artistas), teatros, prédios públicos bonitos, mercado, restaurantes, fast foods, lugar para comprar lembrancinhas e especiarias (aqui e na CDMX são bem mais baratos do que em Yucatán). É comum ver artistas se apresentando também: vimos um casal tocando marimba de forma incrível no mercado próximo ao Zócalo (praças centrais das cidades).
Aqui também há o conhecido “menor vulcão do mundo” ou “maior gêiser do mundo”, que é exatamente isso – para alguns ele não é vulcão, e para outros é. Você pode ir lá e tirar a sua conclusão. Mas recomendamos sempre ter um mapa da cidade, pois no México todas as ruas costumam ser numeradas e anguladas em norte, sur, poniente e oriente. Se você não se dá bem com este tipo de organização urbana e não está acostumado com os pontos cardeais e sua lógica nas cidades, tenha um mapa pra economizar tempo e cabeça.
Dicas!
- Mesmo não fazendo calor, use protetor solar por aqui e em Cholula.
- Tenha um mapa e evite lugares muito distantes, pois o trânsito é meio malucão.
- A cidade é bem mais segura do que lugares como CDMX e Cancún.
- Táxis são mais caros, mas a cidade tem Uber e Cabify como opções. Mas andamos muito de colectivos (vans) e nos pareceu sempre tranquilo. Mas fique atento à numeração da “Ruta” que terá que tomar, pois a quantidade de vans é imensa. Há banquinhas que vendem um mapa de rutas bem baratinho (10 pesos). Uma rápida pesquisa pelo Moovit também pode indicar a ruta correta.
- Há poucas casas de câmbio por aqui, e pegamos um preço intermediário (muito melhor que Valladolid, parecido com CDMX e pior do que em Playa del Carmen).
- Puebla conta com um sistema de metrobus. Nós não usamos, mas vale a pena verificar se pode ser útil para o seu deslocamento na cidade.
- Outro ponto turístico que nos pareceu interessante (não fomos por causa da distância) é a Estrella de Puebla, uma roda-gigante bem fotogênica.
- Ao contrário das outras cidades que tínhamos visitado no México até então, em Puebla ficamos hospedados a pouco mais de 1 km do centro, mas perto de bons meios de locomoção e em um bairro mais seguro. Não compensa ficar próximo ao terminal da cidade, pois é muito mais longe do zócalo e em uma área pouco atrativa.
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