Na segunda parte do post sobre a Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, vamos falar do lado brasileiro (Foz do Iguaçu), que possui coisas a ver e fazer de todos os tipos. Opções pra quem curte muita natureza, paz e diversão e outras que ainda podem ser um reduto de culturas diferentes para lembrarmos sempre que o mundo é cheio de gente que pensa diferente de nós.
Foz e seus atrativos
Caso você vá a Foz de avião, lembre-se de que tanto no pouso como na decolagem, dependendo do seu lugar na aeronave, é possível avistar a garganta do diabo das Cataratas pela janelinha – se não for fazer o passeio de helicóptero por lá, já serve como consolo!
Ficamos hospedados em Foz, no hotel Normandie Iguaçu, reservado pelo Decolar (o pacote saiu mais barato que comprar voo e hotel separado). Por fora, o hotel tem uma aparência ruim (quase nem achamos a porta), mas por dentro é simples e funcional: uma cama, TV de tubo, ventilador… e um café da manhã self service, no qual nos acabávamos para só comer de novo à noite. A localização dele é que era estratégica, pois era muito perto do local onde pegávamos os ônibus pra qualquer lugar aonde queríamos ir. Caso você fique hospedado longe do centro, é só ir até o terminal.
O ônibus que vai até as Cataratas é o de linha normal (linha 120) e a passagem custa cerca de R$ 2,50 (não anotei o valor exato).
Dá para fazer o Parque das Aves e as Cataratas no mesmo dia, do lado brasileiro. Parece que o recomendável é ir primeiro ao Parque, pois de manhã as aves estão mais agitadas.
Gostamos do Parque das Aves, pois há muitos viveiros mais abertos, em que os pássaros parecem ter mais espaço para se movimentar. No lado brasileiro das Cataratas, fizemos apenas a trilha principal, que garantiu a parada em vários mirantes para fotos, além de muitos quatis no caminho. Capa de chuva é um item que ajuda a aproveitar melhor o passeio, sem se preocupar em molhar eletrônicos e acessórios (compre antes para não pagar uma fortuna no Parque). Não vimos bebedouros por lá, mas tínhamos levado nossa água e coisinhas comestíveis, para fugir nos dos preços abusivos da lanchonete.
Se tiver mais um dia de viagem em Foz, pegue um ônibus para conhecer a mesquita (se não me engano, é a linha 103). O lugar tem uma decoração interessante e, por ser um ponto turístico, há sempre alguém disposto a responder às perguntas sobre o islamismo. Para entrar na mesquita, as mulheres têm de colocar véu, que é emprestado na hora (e não podem ir de bermuda ou roupa curta/decotada). O horário de visitação é das 9h às 11h30 e das 14h às 17h30, com intervalo para reza das 15h40 às 16h15. Ao sair da mesquita, não deixe de passar na doceria Almanara, em frente, que serve doces árabes a um preço bem em conta.
Ao sair da mesquita, pode-se pegar outro ônibus até o terminal e de lá para o templo budista (creio que linha 102, mas não tenho certeza… é só perguntar no terminal). O templo não abre às segundas, e funciona das 9h30 às 17h. Apesar de alguns itens estarem em reforma, é um dos templos budistas brasileiros mais bonitos, com várias estátuas que formam um conjunto muito agradável de ser visto.
Há mais coisas a se fazer em Foz, mas fica a cargo do visitante descobrir se vai gostar ou não, pois há muitos passeios ‘pra turista ver e gastar’, como um museu de cera, parque aquático, etc… Para Itaipu fomos pelo Paraguai (visite a parte 1), com entrada gratuita. Navegar por Itaipu à noite pode ser uma opção, assim como o Macuco Safari, que dizem ser bom, apesar do preço bem salgado no Brasil. Talvez o melhor a fazer seja ir pelo lado argentino das Cataratas, onde a Aventura Náutica é bem mais intensa e o preço mais em conta… mas isso é coisa pra Parte 3!