Quem somos nós? Se o tema é viagem, espera-se a história de quem deu a volta ao mundo em uma bicicleta, escalou as montanhas mais perigosas ou passou anos descobrindo culturas desconhecidas… Se, por um lado, essas experiências de vida são inspiradoras, por outro não são o que muitas pessoas desejam, inclusive nós. Somos um casal “normal nas horas vagas” – que gosta de ter uma casa para voltar ao fim de cada mochilão, cachorros, família, empregos… mas isso não significa uma vida que se rende à rotina. Seja nos mochilões, seja em excursões de metrô para cantos desconhecidos de Sampa, seja em um passeio rápido após o expediente… sempre dá para conhecer um pouco mais do nosso mundo, da nossa cidade, do nosso bairro! Viajar é uma desculpa incrível para fazer amigos, fotografar, curtir paisagens e lugares fantásticos, divertir-se, empreender… mesmo que seja do nosso jeito, com pouco conforto, mas com muita alegria!
Eu, Sérgio Tück, nasci em 1986 em São Paulo, onde morei por alguns anos quando criança e depois aos 18. Aquela muvuca toda somada aos problemas que toda cidade grande proporciona me fizeram gostar de morar um pouco mais distante de lá (mas, confesso, passei a curtir e a aproveitar melhor a capital quando saí dela!). Morei também em uma cidadezinha do interior, mas não curtia… Hoje estou em Atibaia (SP), um meio-termo: nem tão grande, nem tão pequena, perto da capital e do sossego também!
Aliás, esta cidade teve grande influência no gosto por viajar, curtir, aventurar-se, pois as primeiras rotas de trekking ocorreram justamente no lugar mais legal daqui: a Pedra Grande. Já fui com amigos, família, desconhecidos, de carro, a pé (quase sempre), sozinho, com a namorada, com o cachorro… no sol, no frio, na neblina, na chuva, na noite… Um lugar que representa muito do que gosto: simplicidade! E também foi aqui que nasceu a estranha mania de fotografar pulos e de me ‘profissionalizar’ no contar dez segundos para pular, sincronizando com o timer da câmera!
Sou formado em Publicidade e licenciado em Artes, e hoje trabalho com crianças de 6 a 11 anos em uma escola pública na periferia da cidade vizinha. Quando preciso ver paisagens com meus alunos ou ajudá-los a entender algo da geografia, os registros de viagem me ajudam muito! Também trabalho e me apresento com Taikô, arte de percussão japonesa, que me proporcionou, em outra oportunidade, conhecer um pouquinho do Japão!
Eu, Carina de Luca, nasci em 1987 e, dentre as histórias que escutei quando era criança, lembro de ouvir meu pai dizer que, se ganhasse na loteria, compraria um trailer e levaria a família para conhecer o mundo. Pouco mais de 20 anos depois, pude mostrar para minha família que explorar esse planeta é sim possível, mesmo sem um bilhete premiado! Uma das coisas que mais me alegram é ver que os meus roteiros – por vezes meio malucos – inspiram desconhecidos e pessoas queridas a viajar. Seja pro Atacama, seja pro Guarujá, botar o pé na estrada é sempre uma experiência potencialmente renovadora.
Nunca tive o espírito aventureiro – ao subir pela primeira vez a Pedra Grande, na minha cidade (Atibaia), me lembro de ter jurado nunca mais fazer um trekking daqueles. Mal sabia eu que não só voltaria à Pedra muitas vezes, mas também chegaria ao glaciar de um vulcão no Equador, a uma montanha acima de 5000 m na Bolívia, a Machu Picchu depois de 4 dias de caminhada pelo interior do Peru… E o que isso prova? Que viajar é uma forma não só de ir para diferentes lugares, mas de nos tornarmos novas pessoas!
Sou eu quem organizo os detalhes de cada roteiro (hostels, transporte, orçamento) e isso me leva a passar meses pesquisando histórias de outros viajantes – assim, viajo antes, durante e depois (quando junto as informações da experiência para compartilhar com vocês).
Algumas das fotografias tiradas pela Carina.
Algumas das fotos tiradas pelo Tück.