Paraty – Quando ir? Por quantos dias?

Este é um post voltado principalmente para quem vive na região Sudeste e tem alguns dias livres na agenda. Ainda que Paraty seja uma cidade essencialmente turística (o que significa que seus preços irão aumentar bastante tanto em feriadões quanto em eventos que movimentam o município), ela não deixa de ser uma opção muito interessante de passeio.

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E por quê? Porque Paraty reúne muitas paisagens e experiências em um só lugar. Quer caminhar em ruas históricas, ouvindo aqui e acolá guias explicarem sobre como foi formado o calçamento, o forte, a estrutura da cidade? Quer ver um mar cor de esmeralda, cheio de peixinhos, e dar bons mergulhos? Quer fazer um passeio super tranquilo de escuna, animado com uma trilha sonora de clássicos populares? Quer conhecer uma vila com praias vazias, mar azul e piscina natural? Quer fazer uma trilha leve? Quer fazer uma trilha média, enfiando o pé na lama e subindo muitas pedras? Tudo isso você encontra na região. Em apenas 3 dias conseguimos fazer todos os itens relacionados nas perguntas acima; com um pouquinho mais de tempo, também é possível conhecer várias cachoeiras, inclusive a famosa “Pedra que engole”.

E por que esse post é voltado principalmente para o pessoal do Sudeste? Porque, dependendo da região em que você more, esse pode ser um destino turístico mais perto do que aparenta. Descobrimos apenas recentemente o roteiro até lá – e, em certa medida, foi rápido e barato!

Para quem sai de São Paulo, há vários horários saindo do Tietê (pela empresa Reunidas), sendo que o preço da passagem independe da hora de viagem: são cerca de R$ 80 para 6 horas na estrada. Para quem quiser esticar até Angra dos Reis, o ônibus é o mesmo, só a passagem que vai custar um pouco mais caro (até lá são 2 horas a mais de viagem).

DIA 1

Escolhemos o último horário da terça-feira de Carnaval (22 horas) e chegamos às 5 horas em Paraty. Como não conhecíamos a cidade, pegamos um táxi no terminal. Como não há taxímetro e era de madrugada, pagamos R$25 por um percurso relativamente curto 😦

Ficamos hospedados em uma casa (procurem no Booking por Lemonpepper), com um anfitrião argentino chamado Pablo. Ele nos fez sentir super à vontade – era como se estivéssemos hospedados na casa de um amigo. Até cafezinho ele passou para a gente, em uma tarde chuvosa em que ficamos todos conversando sobre os problemas da América Latina. A hospedagem é simples, mas aconchegante (tem jeitinho de casa de sítio, com várias árvores frutíferas no quintal), aceita bichinhos de estimação, é bem localizada e tem um preço em conta (pagamos menos de R$ 150 cada um por 3 dias de hospedagem). Outra vantagem do Lemonpepper é que o Pablo foi muito gentil e nos deixou fazer check in às 5 da manhã!

 

Depois de algumas horas de sono, saímos para conhecer a cidade. Fomos caminhando pela pista para pedestres que margeia o rio e já conhecemos um pouco do centro histórico. Para quem procura opções baratas para comer, recomendamos demais a padaria “A Esperança”, no centro histórico. É pequena, sem lugar para comer (é pegar e levar), mas barata e com opções muito boas! A rosca de queijo mineiro, o pão de milho, o pão doce com coco e limão e o pudim de pão são maravilhosos! Aliás, na hora que bater uma larica de doce também compensa passar por lá – os carrinhos de doces que ficam espalhados pelo centro vendem alguns dos mesmos produtos pelo quase o dobro do preço!

Visto rapidamente o Centro Histórico, iniciamos a trilha para o Forte da cidade. É uma trilha beeem leve e o forte em si não é muito atrativo (como o museu estava fechado quando fomos e não há placas informativas, ficamos meio perdidos na visitação). Para quem faz muita questão de conhecê-lo, cabe lembrar que ele fecha para horário de almoço (das 12h às 14h).

Do Forte, caminhamos mais um pouco até a Praia do Jabaquara. Em um dia nublado, não pudemos apreciar muito o local, mas parece ser uma região bem bonita com uma ajudinha do sol. É uma praia de águas bem calmas, super rasas. Deu até para fazer caiaque (30 minutos por R$ 20 o casal), mesmo com a garoa caindo.

À noite, comemos na Van Gogh, hamburgueria artesanal. O local tem umas réplicas bonitas do artista na forma de mural, mas o lanche deixa um pouco a desejar.

DIA 2

Com um pouco mais de sol, arriscamos pegar um ônibus para a vila de Trindade logo pela manhã. O bus sai de hora em hora do terminal e custa R$ 4,20. É bom perguntar se a fila realmente vai para Trindade, porque quando chegamos havia duas filas na mesma plataforma para lugares diferentes.

O ônibus irá parar primeiro na Praia do Cepilho, bastante isolada e a única que vimos com bastante sol. Depois há uma parada já perto da praia do Rancho, aonde é possível escolher voltar um pouco para conhecer tanto esta quanto a Praia de Fora ou ir em frente. Se a opção for esta última, chega-se a uma bifurcação; para um lado vai-se até a cachoeira da Pedra que Engole e, para outro, até a Praia do Cachadaço e a trilha para a Piscina Natural.

Escolhemos este último caminho, mas já com o céu fechado e muita lama na trilha. São duas trilhas curtas (uma até o Cachadaço e outra até a piscina), mas com algumas subidas e descidas e muita lama. Muita gente ia descalça na nossa frente, mas é bastante escorregadio.

 

A piscina natural foi uma experiência bem diferente do que vimos em fotos; com a forte chuva e a terra descendo da trilha, a cor da água ficou amarronzada. Além disso, havia MUITA gente. Deu um pouco a ideia de paraíso natural que já foi perdido em função da quantidade gigante de turistas. Como há barcos que fazem também o percurso, sem passar pela trilha, acaba sendo um lugar de acesso fácil.

Na volta, para não estragar ainda mais o sapato na lama, pegamos uma lancha até a praia anterior às trilhas. Foram uns 5 minutos de viagem, R$ 15 cada um.

A Praia do Meio tem um mar mais revolto, em que dá para (tentar) pular altas ondas. Ficamos por lá um tempo e depois, rumo a Paraty e a mais uma noite pelo Centro Histórico. Desta vez, escolhemos uma esfiharia árabe (Homus) na avenida principal para a última refeição do dia, que acabou sendo um pouco mais em conta e bem saborosa.

DIA 3

No dia anterior, já havíamos fechado o passeio de barco com a MB Turismo, localizada na avenida principal da cidade, perto do Centro Histórico. Pagamos R$ 50 cada por um passeio de 5 horas de escuna (vale a pena pesquisar e pechinchar – no centro históricos algumas tem preços maiores).

São anunciadas 4 paradas de barco, mas na verdade são apenas 3 (uma das paradas é só para almoço… e como não almoçamos nesse tipo de viagem, acabou sendo um tempo um tanto desperdiçado). A primeira é o aquário (com vários peixinhos nadando ao redor da embarcação) na Ilha Comprida, e a segunda (Praia Vermelha)  e a terceira (Praia da Lula) são praias. Foi um passeio bem interessante, e lá realmente o mar é mais cristalino. Uma boa dica é á levar o snorkel (caso tenha) para não ter de desembolsar R$ 20 a mais.

Ao final, além de pagarmos as bebidas que consumimos, foram R$ 14 de couvert artístico (cobrado por comanda, não por pessoa). Paraty é uma cidade em que escutamos muita MPB, o que tornou o passeio mais agradável do que se fosse animado por músicas de rádio ou que chamamos de músicas fast-food.

No último dia, muitos preços caíram (talvez pelo fato de muitos turistas já estarem de regresso a casa). No retorno, ainda havia uma sala VIP no terminal (com wi fi e algumas poltronas), o que tornou nossa espera pelo ônibus da meia-noite mais tranquila.

Paraty é uma ótima opção de viagem. E se derem a sorte de contar com uma boa previsão de tempo, com certeza será imperdível!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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