Voando com algumas empresas aéreas você pode acabar comprando voos bem mais baratos com escalas grandes. É verdade que pode ser cansativo, mas em alguns casos dá para aproveitar um dia todo em algum lugar interessante e novo. Foi o nosso caso no Panamá… leia mais e veja as fotos que tá legal!

Quando mochilamos, para pegar passagens mais baratas costumamos pegar voos da madrugada com algumas escalas grandes. Fizemos isso em Iquique (Chile) com a LAN, em Lima (Peru) e Bogotá (Colômbia) com a Avianca, e na Cidade do Panamá ca COPA. Se por um lado podemos dizer que um dia não é o suficiente para se conhecer um povo ou um país, por outro, um dia é muito útil para se aproveitar um lugar diferente e talvez voltar para aproveitá-lo melhor em outra vez (como fizemos no Peru e na Colômbia).

Viajando com a COPA, em nosso último dia de mochilão em 2016, antes de voltar para a casa, teríamos dezenas de horas para curtir um pouco das paisagens e fotografar um pouco o Panamá. Saindo do Aeroporto que é meio afastado, pegamos um Diablo Rosso, isso mesmo, esse é o nome dos ônibus mais baratos (antigos e estilosos). E com cerca de 5 dólares fizemos um trajeto que aqui (São Paulo – Guarulhos) daria uns 80 reais pelo Airport Service.

Saindo do Diablo, descemos no Casco Viejo, o que seria o centro histórico da Cidade do Panamá (capital do país) e realmente, valeu a pena pra começar a manhã de domingo. Porém, deu pra perceber que o forte ali é a noite e durante o dia a coisa fica bem calma e tranquila (com cara de ressaca do sábado a noite). A arquitetura das igrejas é um ponto forte desta região.

Como não tínhamos um roteiro determinado depois do Casco Viejo, ao vermos a parte moderna do outro lado do canal decidimos: bora ir a pé! E apesar do forte calor e já do cansaço valeu muito a pena. Uma enorme ponte só para ciclistas (talvez por ser domingo), feira, evento esportivo nas ruas, prédios enormes e aglomerados com arquitetura que lembrava mais a dos tigres asiáticos do que da América Latina.

Com muita sede e fome depois de algumas horas caminhando, conhecendo e fotografando, perdemos um pouco o pique para entrar lá dentro da parte dos prédios enormes. Mas já havia valido a pena! O diferente foi que nas grandes avenidas, diferente de qualquer outro lugar que já havíamos visitado na América Latina, não havia quase nenhuma opção para comer (barraquinhas, food trucks, vendinhas, lanchonetes…) e daí fomos entender. Parecido com algumas cidades do Brasil, lá dentro da parte mais moderna o comércio migrou em boa parte para dentro dos shoppings. O jeito foi comer no McDonalds mesmo em um destes centro comerciais.

O problema viria depois: ao sair, precisávamos voltar ao aeroporto e ouvimos falar que havia ônibus por ali que passavam. No entanto, esperamos e esperamos até que perguntamos para mais gente: o único ônibus que passava ali era um especial, laranja que só aceitava o cartãozinho (tipo bilhete único, bip, etc…) e nós não tínhamos isso. O jeito seria pagar uma nota de táxi para evitar problemas de atraso no voo. Mas aí bateu a sorte e conseguimos uma carona providencial do motorista do ônibus laranja que notou que éramos estrangeiros sem o tal cartão. Economizamos bons dólares nesta carona e ainda vimos mais um pouco da capital em vinte e cinco minutos de trajeto.

Perguntamos para as pessoas porque as águas estavam tão recuadas e baixas, mas não obtivemos nenhuma resposta. Também era muito comum ouvir dentre as famílias que conversavam nas ruas a presença de brasileiros.

Não podemos dizer que conhecemos o país, pois há muito mais o que se ver no Panamá. No entanto, muitos dizem ser um ótimo roteiro de compras, mas como este não é nosso intuito quando viajamos, dispensamos esta parte, até mesmo por termos nos deparado com um dólar valendo R$4,00.