Muita gente nos pergunta como são os lugares onde ficamos… Pra começar, existem vários perfis de mochileiros, turistas e viajantes. No nosso caso não temos vergonha alguma de dizer que evitamos ao máximo gastar dinheiro com estadia e comidas caras. Um bom hostel para nós deve ter: cama, banheiro (privado ou não) e um chuveiro (com água quente é bom, mas às vezes impossível de conseguir, dependendo do lugar). Mas é óbvio que quando temos a oportunidade ter algum outro tipo de conforto também é bem-vindo, só não queremos gastar muito nisso.
No caso da Isla del Sol, no lago Titicaca, não escolhemos o local na hora. Quando fomos de La Paz para Copacabana e de lá para a Isla, conhecemos a guia Silvia, que foi quem nos levou até este local. E jamais imaginávamos que ficaríamos num hostel tão aconchegante e bonito no meio de uma ilha tão remota. O preço é até difícil de dizer, pois ficou incluso com o serviço da guia… mas podemos dizer facilmente que pernoitar aí não nos custou nem 10 reais. Ah… ainda teve o café da manhã com o famigerado mate de coca!
Neste local, ao amanhecer, pudemos conversar bastante com a Silvia e descobrir tantas coisas bacanas como o amor dos bolivianos pelo Brasil, o desconhecimento deles sobre a fama que a Bolívia tem por aqui (de um país cheio de drogas, pobreza e traficantes…) e de um de nossos piores problemas nacionais, justamente o tráfico de drogas. Ela nos contou sua jornada na faculdade, o problema com alguns turistas argentinos que desrespeitam costumes dos povos nativos e suas culturas, sobre como adora as novelas brasileiras e doramas coreanos, sobre o êxito do governo de Evo e sobre histórias do lago Titicaca… foi um dos momentos mais ricos em termos de contato humano.
Ah… sobre os hostels? Na maioria das vezes temos boas recomendações, por isso é raro nos darmos mal em algum lugar, mas já aconteceu (e nas duas vezes, coincidência ou não, eram administrados por brazucas). Mas isso fica para outro post…
Uma consideração sobre “Hostel na Isla del Sol”